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Políticas agrárias

A política da carne e de seus malefícios

       

A cultura da carne no Brasil é forte, mas se falando de cuidados ao meio ambiente, o país têm muito que aprender ainda. O número de área utilizada para a agropecuária só aumenta, assim como a quantidade de animais para alimentos. A expansão agrícola está em intenso desenvolvimento e isso pode, no futuro bem próximo, acarretar grandes problemas ambientais para o país e o mundo.

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        O Estatuto da Terra, Lei 4.504 de 1964, foi a primeira tentativa de estabelecer uma política para o setor agrário, destacando as funções e garantias para a posse, a propriedade e o direito fundiário no Brasil. São políticas, que de fato, são utilizadas e estudadas para mudanças, quando necessárias. Diferentes das políticas ambientais, que do papel não saem, não são colocadas em práticas. O Brasil tem a maior reserva natural do mundo, que está se acabando devido à falta de fiscalização e a liberdade que as grandes empresas agrícolas têm para explorar o local.

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        A natureza está morrendo em detrimento ao crescimento de capital de grandes empresas. O consumo de carne no Brasil e no mundo só está em crescimento, por ano, são exportados 262 mil contêineres do produto para 160 países, de acordo com o Governo. 

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        De acordo com o artigo 3 º, inciso IV, da lei 8.171 sobre a política agrícola, as atividades agrícolas tem que respeitar o meio ambiente e os recursos naturais, mas os dados revelam o contrário. De acordo com

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       Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento da Europa (OCDE) e Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), em 2024 o Brasil assumirá a liderança das exportações mundiais do setor agrícola, consolidando assim os avanços que o setor registrou no país nos últimos anos. Esse avanço é preocupante se relacionado ao meio ambiente, essencialmente a Amazônia.

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    Pode-se encarar como desafio desenvolver a prática da agropecuária com sustentabilidade. O fator econômico está privilegiado em detrimento do social e ambiental. O país tem uma cultura agrícola e pecuária muito forte e isso agrava os impactos ambientais, que vem aumentando devido à expansão dessas atividades. O desmatamento é um dos pontos mais delicados desse processo, cerca de 76 milhões de hectares já foram desmatados na Amazônia, considerados com corte raso — uma área equivalente a três vezes o Estado de São Paulo. 

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         As queimadas intensificam a poluição atmosférica, além de reduzirem os nutrientes do solo, sendo necessário usar uma quantidade maior de produtos químicos (fertilizantes, agrotóxicos) durante o cultivo de determinados alimentos, fato que provoca a poluição do solo, lençóis freáticos e os rios.

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        O Brasil é um país que ainda sofre com a falta de recursos para a área de pesquisa, mas esse cenário muda em relação à agropecuária. O país ocupa o primeiro lugar de investimento em pesquisa agrícola na América Latina, segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

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A semente do trabalho escravo

   Por muito tempo, o setor pecuário foi líder, por anos, no ranking de setores com maior número de trabalhadores escravos. De acordo com um documento publicado pela Comissão Pastoral da Terra Nordeste  70% dos casos, 72% dos resgates, com predominância na pecuária, na cultura do café, na madeira, no extrativismo vegetal, no carvão vegetal. Nas atividades não agrícolas, predominou a construção civil, comércio e serviços. Ainda é uma realidade no Brasil a luta contra o trabalho escravo, assim como a Reforma Agrária. 

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